Nascido em 1839, foi Stainton Moses o escritor que deixou a sua marca mais forte sobre o lado religioso do Espiritismo, até então. Praticante da caridade sem interesse, atendia os pobres e doentes, fazendo curas em sua igreja. William Stainton Moses desencarnou em 5 de Setembro de 1892. Segundo Charlton T. Speer, a personalidade de Moses era muito interessante. Ainda jovem, tornou-se pastor e, porque tinha alguns conhecimentos de medicina, além de falar da palavra de Deus, também tratava do corpo, tendo ajudado de forma irrepreensível o povoado de Maughold, onde uma epidemia de varíola assolava a cidade. Esgotou-se ao máximo, já que se deslocara para o campo a fim de cuidar de si próprio. Curioso e necessitando de meditação, recebeu a informação, da parte de Imperator - seu mentor espiritual, de que sua estada naquele mosteiro fora provocada por influência dele, a fim de prepará-lo para a tarefa mediunica, que mais tarde iria executar. Mesmo as doenças e privações por que passou deixaram sempre claro que uma força misteriosa dirigia sua Vida. Foi nessa época que o poder mediúnico de Stainton Moses começou a desenvolver-se. As faculdades surgiam espontaneamente, sem que a vontade dele predominasse. Pelo contrário, rejeitava-as, discutia-lhes os fundamentos. Em 30 de Março de 1873, Moses começou a escrever mediunicamente. Sua mediunidade era ampla, provocando uma grande variedade de fenómenos. Quando estava numa sessão era comum ouvir-se pancadas variadas e inteligentes, que respondiam a questões faladas ou mentalizadas. Os assistentes tinham oportunidade de ver clarões luminosos que surgiam sobre a mesa, penetravam nas tábuas, se infiltravam nas paredes e retornavam, num fenómeno de beleza e características inusitadas. Os participantes geralmente se viam envolvidos por perfumes os mais diversos. E a cabeça do médium, no final da sessão, ficava toda perfumada e, por mais que se enxugasse, o perfume permanecia. William Stainton Moses foi um médium inglês que escreveu vários livros sob o pseudónimo de M. A. Oxon e que se comunicava com uma entidade que se autodenominava Imperator.